Pesquisa é fundamental na escolha de um bom advogado

Órgãos competentes devem ser acionados caso o cliente se sinta lesado

Segundo dados da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB), atualmente, o número de advogados registrados no país ultrapassa 700 mil. Escolher um bom profissional nem sempre é tarefa fácil quando não há referências ou indicações prévias.

O advogado Gustavo Teixeira, do escritório Sílvio & Gustavo TeixeiraAdvogados Associados, aconselha àqueles que nunca tenham tido contato com algum profissional, a pesquisa na internet. Teixeira adverte que sejam descartadas as buscas em jornais e revistas porque a panfletagem de serviços advocatícios é irregular.

“O código de ética que rege a profissão diz, em seu artigo 28, que oadvogado pode anunciar seus serviços com discrição e moderação. Anúncios em jornais ou revistas não especializadas não são permitidos, sendo passível de punição, assim como é proibido divulgar valores de honorários, prestar serviço gratuito via web ou fazer propaganda com outros serviços não advocatícios. Se o profissional não cumpre o próprio código de ética, como garantir que desempenhará bem as funções?”

Para consultar a situação do advogado, Teixeira indica os sites dos órgãos competentes, como o Cadastro Nacional dos Advogados (cna.oab.org.br) ou os sites das seccionais da OAB em cada estado.

Após a escolha do especialista, Teixeira orienta que sejam tomadas algumas precauções. “Saiba dos andamentos de seus processos, tenha acesso aos documentos produzidos, como cópias. Rotineiramente tenha uma reunião com os advogados para atualização da causa e exija comprovantes de reembolso de custos.”

A forma de pagamento de custos e honorários, em geral, é negociada entre as partes, o importante é sempre exigir um contrato por escrito, para segurança de ambos. Quanto aos preços, fique alerta para os valores excessivos, mas principalmente desconfie dos muito baixos. Em caso de dúvida é possível consultar uma tabela de honorários mínimos disponível nos sites das seccionais da OAB.

A comunicação e a confiança são fundamentais para garantir um bom relacionamento entre as partes, mas a OAB pode ser procurada por quem desconfie da conduta profissional do advogado. “Havendo suspeita de que oadvogado se apoderou de valores e/ou documentos, pode ser o caso de crime, e as delegacias de polícia vão investigar”, explica Teixeira.