Greve de TI pode afetar serviços bancários na sexta-feira

Publicado por: redação
20/02/2014 01:06 AM
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Projetos da Copa do Mundo também sofrerão atrasos caso cenário continue

Com o início da greve da categoria de TI marcado para esta sexta-feira (21), os serviços públicos, bancários e de telefonia serão afetados e podem ter seu funcionamento prejudicado. As paralisações vão atingir as principais empresas responsáveis pelos sistemas e informatização desses serviços. Além disso, com a aproximação da Copa do Mundo e o envolvimento das companhias de TI do estado no evento, a implementação de projetos também pode atrasar.

As maiores companhias do setor - TIVIT, Totvs, IBM, Sonda IT, Fidelity - possuem clientes como VIVO, Petrobras, Embratel, Claro, BM&FBovespa. Prodam e Prodesp são responsáveis pela emissão de notas fiscais, arrecadação de IPTU, processamento de multas de trânsito, agendamento de consultas e exames médicos, serviços jurídicos e de segurança.

"Quando falamos em paralisação dos trabalhadores de TI de São Paulo, estamos falando em 45% da mão de obra total do setor no país. As maiores empresas de nossa base não prestam apenas serviços locais. Outros estados também serão afetados", afirma o presidente do Sindpd, Antonio Neto.

Ontem (18), o Sindpd encaminhou à Prodam, Prodesp, Ima, Empro, Corderp e Cijun, todas empresas estatais, um comunicado que propõe a realização de uma reunião para contingenciamento de pessoal e as regras de manutenção dos serviços essenciais dessas empresas como determina a Lei de Greve.

Ainda de acordo com a lei, a partir desta sexta-feira (21), todos os contratos de trabalho no setor ficam suspensos. As companhias não poderão demitir injustificadamente os funcionários durante este período. Enquanto não houver acordo entre o Sindpd e a empresa, está proibido a aplicação de banco de horas e as paralisações de trabalhadores precisam ser respeitadas sem retaliações por qualquer empresa do setor.

A greve foi aprovada em assembleia no último sábado (15) e é resultado do impasse entre trabalhadores e empresários quanto aos índices da negociação salarial. Foram feitas cinco reuniões, que terminaram sem acordo.

A última proposta apresentada pelo patronato foi de reajuste de 6,5%, obrigatoriedade de apresentação de plano PLR para empresas com mais de 10 funcionários, VR apenas para companhias com mais de 35 empregados e reajuste dos pisos de 7%. Enquanto os trabalhadores pedem reajuste nos salários de 8,8% e nos pisos de 10,3%, VR e PLR para todas as empresas.

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