Incontinência Urinária: o que acontece após remoção da próstata

Publicado por: redação
10/04/2014 08:48 AM
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Cortesia Editorial Pixabay
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Em  entrevista, o apresentador Silvio Santos relatou um problema comum que afeta homens que tiveram câncer de próstata: a incontinência urinária.

 

De acordo com o urologista Carlos Sacomani, do Hospital A. C. Camargo Center, a perda de urina após retirada da próstata pode ocorrer até um ano depois da cirurgia e cerca de 5% a 10% dos pacientes vão continuar com a condição



Em recente entrevista, o apresentador Silvio Santos relatou um problema comum que afeta homens que tiveram câncer de próstata: a incontinência urinária. Em julho, o apresentador retirou um tumor da glândula e, como consequência, hoje utiliza uma cueca especial para resolver a perda involuntária de urina. Neste mês, outro fato surpreendeu os telespectadores: o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, perdeu o controle da urina durante um evento de sua campanha de reeleição à presidência. Em discurso, Juan explicou que a incontinência urinária foi consequência de operação para retirar um câncer de próstata há um ano e meio.



De acordo o urologista e responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital AC Camargo Cancer Center e da Clínica Uro Care, em São Paulo, Carlos Sacomani, a perda de urina é normal até um ano após o tratamento, mas se o problema persistir depois de 12 meses, o paciente deve procurar ajuda médica.



“A cirurgia para retirada da próstata após câncer pode afetar o funcionamento do esfíncter. Este músculo em formato de anel controla o ato de urinar e, por ser muito próximo da glândula, pode ser prejudicado após o procedimento”, explica.



Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que a maioria são mulheres. Nos homens, cerca de 5 a 10% que retiraram totalmente a glândula vão apresentar o condição de forma crônica. “Sem tratamento disponível, isso significa conviver o resto da vida usando fraldas, com enormes consequências para qualidade de vida e autoestima”, afirma o urologista.



Tratamento
A boa notícia é que o tratamento para incontinência urinária grave está cada vez mais acessível no Brasil. Em janeiro de 2014, a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar - incluiu no rol de procedimentos dos planos de saúde o esfíncter urinária artificial - prótese que substitui o mecanismo natural de continência - considerado o padrão ouro da medicina para esta condição. Até então, para ter direito à cirurgia – única eficaz nos casos graves - era preciso recorrer à justiça.



De acordo com o especialista, a taxa de eficácia do esfíncter urinário é de 80 a 90%. A cirurgia para colocação da prótese dura cerca de 1 hora e o paciente recebe alta no dia seguinte. “A busca agora é a inclusão no Sistema Único de Saúde”, afirma.



Nos casos leves a moderados, após um ano da retirada da próstata, as opções de tratamento são os slings – malhas cirúrgicas que funcionam como um suporte reforçando a sustentação da uretra, com 70% de eficácia e as injeções endoscópicas.



Sobre a Incontinência Urinária Masculina
Atinge, na grande maioria dos casos, homens que retiraram a próstata após câncer;
De 5% a 10% dos homens que fizeram prostatectomia radical irão apresentar o problema;
A perda involuntária de urina se deve ao mau funcionamento do esfíncter - músculo em formato de anel que controla o ato de urinar e, por ser muito próximo da glândula, pode ser prejudicado após o procedimento.


Até um ano após a cirurgia, alguma perda de urina é considerada normal. Após este prazo, o paciente deve procurar ajudar médica.


Nos casos leves e moderados, o tratamento é feito com slings – malhas cirúrgicas que funcionam como um suporte reforçando a sustentação da uretra - e injeções endoscópicas.


Nos casos graves, o tratamento recomendado é a colocada de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial, incluído este ano no rol da ANS.

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