Eliana Calmon critica decisão de ministro do STF que mandou soltar acusados de corrupção

Publicado por: redação
20/05/2014 07:53 AM
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Paulo Afonso (20/05/2014) – A pré-candidata ao Senado Federal pelo PSB, Eliana Calmon, ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), considerou inaceitável a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Teory Zavascki que ontem havia determinado a soltura de todos os suspeitos presos em março na Operação Lava-Jato da Polícia Federal por entender que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, extrapolou a sua competência ao investigar o deputado André Vargas (sem partido-PR), que tem foro privilegiado. O deputado baiano Luiz Argôlo (SDD) também foi citado na investigação da PF.

As críticas da ex-corregedora nacional de Justiça foram feitas antes de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki ter reconsiderado a decisão de soltar todos os detentos. Com a medida, continuam presos o doleiro Alberto Youssef e mais dez pessoas. Youssef é acusado de comandar o esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões.

“Pelo que eu vi nos jornais, eu procederia como o juiz Sérgio Moro”, afirmou Eliana Calmon durante entrevista coletiva concedida em Paulo Afonso ao lados dos pré-candidatos à Presidência, Eduardo Campos, e ao governo da Bahia, Lídice da Mata. “Portanto eu não entendo passível de aceitação, da minha parte, a posição do Supremo Tribunal Federal”, afirmou a ministra.

“Eu sofri muito essa jurisprudência defensiva do Supremo Tribunal Federal”, disse a ministra, acrescentando que o STF adota uma jurisprudência que prioriza o direito individual. “Os ministros do STF entendem que esse é um comprometimento democrático e como juiz nós temos grandes dificuldades.”, acrescentou, antes de explicar que juiz Sérgio Moro, para não atrapalhar as investigações desmembrou o processo e mandou a parte relativa ao deputado para o STJ, iniciando as investigações contra os demais. Segundo a ministra, caso tivesse mandado todo o processo já iniciado ao Supremo a prova ficaria prejudicada por ela estava sendo colhida lá no Paraná.

 

 

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