...processo por difamação do site 'Jornal da Cidade Online'
Segundo o prestigiado
AOSFATOS.org, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou no último dia 1º de março recurso do
Jornal da Cidade Online contra
Aos Fatos e sua diretora executiva, Tai Nalon, em que os acusa de crimes de difamação e concorrência desleal. A apelação foi uma resposta a decisão anterior do TJ-RJ, de setembro de 2020, que havia julgado a queixa-crime impetrada pelo jornal improcedente.
Aos Fatos mostrou em
abril de 2020 que o
Jornal da Cidade Online compartilhava estratégia de monetização de anúncios compartilhando conteúdo com um site mantido pela viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura militar.
Aos Fatos, Tai Nalon e sua defesa não foram citados ou mesmo chamados a participar do julgamento, ocorrido em 1º de março último. A defesa vai recorrer da decisão e pedir a sua nulidade.
Segundo a advogada do
Aos Fatos, Sylvia Urquiza, a decisão pelo acolhimento da ação por parte do TJ-RJ vai contra os princípios constitucionais da liberdade de imprensa e de opinião. Além disso, parte de pressupostos que vão contra o entendimento constitucional geral, que favorece o réu.
"O ordenamento constitucional estabelece a liberdade de imprensa como fundamento do estado democrático. A ação proposta é uma tentativa espúria de censura, o que não é admitido no Brasil. Vamos recorrer da decisão e tomar todas as medidas necessárias contra o
Jornal da Cidade Online", afirmou Urquiza.
"Respeitamos a decisão da Justiça, que certamente resguardará nossas liberdades asseguradas na Constituição. O
Aos Fatos tem um histórico de retidão ética, além de apego à verdade factual, e não abre mão desse compromisso", disse Tai Nalon.
O
Jornal da Cidade Online exige que o conteúdo da reportagem seja removido do site do
Aos Fatos e que seja publicada retratação.
Desinformação. Em 2019, uma investigação do
Aos Fatos descobriu que o
Jornal da Cidade Online tinha
colunistas com fotos e nomes falsos publicando críticas a políticos e magistrados. Um dos perfis apócrifos usava uma
foto manipulada da escritora Thalita Rebouças.
Em 2020, reportagem do
Aos Fatos apurou que o
JCO e outros seis sites
lucraram com a desinformação sobre a pandemia de Covid-19.
Durante as eleições de 2018, o
JCO foi um dos sites de desinformação mais populares em grupos de WhatsApp, conforme levantamento publicado pelo
Aos Fatos. Eles publicaram diversas peças de desinformação sobre o processo eleitoral, como, por exemplo, a de que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teria entregue os códigos de segurança das urnas a uma empresa venezuelana,
o que é falso.
Originalmente Publicado por:
AOSFATOS.org