Para ICJBrasil, 40% da população prefere a mediação...

Publicado por: redação
04/08/2010 07:53 AM
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Para ICJBrasil, quase 40% da população submeteria demandas judiciais a meios alternativos de solução de conflitos

Esta proporção vai a 53% para quem ganha acima de 12 salários mínimos

São Paulo, 02 de agosto de 2010

Quase 40% da população aceitaria submeter suas demandas a meios alternativos de resolução de conflitos, como a arbitragem ou a mediação, segundo constatou o Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (DIREITO GV).

Entre os que ganham até 2 salários mínimos, 37% declarou que procuraria outra forma de solução de conflitos que não o Judiciário. Essa proporção vai a 53% entre os respondentes que ganham acima de 12 salários mínimos. Entre os entrevistados que ganham entre 2 e 4 salários mínimos, 38% aceitaram essa possibilidade e 42% dos que recebem entre 4 e 12 salários mínimos responderam que submeteriam suas demandas a meios alternativos de solução de conflitos.

“Os dados mostram claramente que quanto maior a renda, menor a dependência do cidadão em relação ao Judiciário”, explica Luciana Gross Cunha, coordenadora do ICJBrasil. “No entanto”, prossegue “apesar da pouca confiança, a maioria respondeu que prefere utilizar o Judiciário, se comparada à mediação ou arbitragem.”

Percentual dos entrevistados que declaram que aceitariam utilizar meios alternativos de resolução de conflitos - 2º Trimestre/2010

Sobre o ICJBrasil

O ICJBrasil começou a ser mensurado no segundo trimestre de 2009 pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito GV). No segundo trimestre de 2010, o ICJBrasil registrou a marca de 4,4 pontos, em uma escala de 0 a 10.

O ICJBrasil é composto por dois subíndices: o de percepção avalia a opinião dos respondentes a respeito do Judiciário nos seguintes aspectos: confiança, tempo de solução de conflitos, competência para a solução de conflitos, custos de acesso ao Judiciário, facilidade de uso do Judiciário, honestidade, independência, um panorama dos últimos 5 anos e a perspectiva para os próximos 5 anos.

O subíndice de comportamento procura saber se, em situações hipotéticas, o cidadão recorreria à justiça. Foram excluídas propositadamente situações onde o Estado é obrigado a atuar no caso, como, por exemplo, crimes.

Foram entrevistados 1.550 pessoas de 7 Estados (Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro) durante os meses de abril, maio e junho de 2010. Esses Estados representam 60% da população brasileira, segundo dados do Censo de 2000 do IBGE.

Fonte: ICJBrasil FGV

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