Ciberguerras miram infraestruturas críticas

Publicado por: redação
18/11/2009 04:31 AM
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 Ciberguerras miram infraestruturas críticas
 

 

O 5º Relatório Anual sobre Criminologia Virtual da McAfee observa que a corrida das ciberarmas não é uma ficção. O levantamento descobriu que os ataques com motivação política aumentaram e cinco países (Estados Unidos, Rússia, França, Israel e China) estão equipados com este novo tipo de arma.
 
O relatório inclui panoramas de mais de 24 dos melhores especialistas do mundo em relações internacionais, incluindo o Dr. Jamie Saunders, assessor da Embaixada Britânica em Washington D.C., além de especialistas em segurança com experiência na Agência Nacional de Segurança dos EUA e do Departamento de Procuradoria Geral da Austrália. Paul Kurtz, antigo conselheiro da Casa Branca, compilou o relatório em nome da McAfee.
 
Segundo identifica o relatório, a ciberguerra é uma realidade ativa. Somente no ano passado o aumento dos ciberataques com motivação política gerou mais precaução com alvos norte-americanos, que incluem a Casa Branca, o Departamento de Segurança Nacional, o Serviço Secreto e o Departamento de Defesa dos EUA.
 
Para a Macfee, diversos países estão desenvolvendo ativamente recursos contra a ciberguerra e estão envolvidos na corrida das ciberarmas para proteger as redes governamentais e as infraestruturas críticas. O resultado de um ciberataque dessa natureza pode resultar danos físicos ou perda de vidas, pois esta não é só uma guerra entre computadores e pode causar uma devastação real. "Os atacantes não estão apenas criando ciberdefesas, mas ciberataques em infraestruturas de redes elétricas, transportes, telecomunicações, o setor financeiro e o fornecimento de água, pois os danos podem ocorrer rapidamente e com pouco esforço. Na maioria dos países desenvolvidos a infraestrutura crítica está conectada à Internet e não tem funções adequadas de segurança, deixando essas instalações vulneráveis a ataques. Sem a proteção adequada combinada com a falta de preparação, um ataque a essas infraestruturas seria prejudicial e causaria mais destruição do que outros ataques ocorridos anteriormente", diz o relatório.
 
A ciberguerra envolve tantos participantes diferentes de tantas maneiras distintas que as regras de participação não estão claramente definidas. Além disso há uma discussão sobre até que ponto é responsabilidade das empresas proteger e conscientizar seus funcionários sobre a prevenção de ciberataques. Para os analistas, sem uma definição adequada, é quase impossível determinar quando uma resposta política ou um tratamento de ação militar será garantido.
 
Eles afirmam que a infraestrutura crítica pertence ao setor privado em muitos países desenvolvidos, tornando-o um grande alvo para a ciberguerra. E o setor privado confia no governo para evitar os ciberataques. Se começar um tiroteio virtual, os governos, as empresas e os cidadãos poderão ser atingidos no fogo cruzado. Sem conhecer a estratégia de ciberdefesa do governo, o setor privado não consegue ser proativo e tomar as precauções adequadas. Por isso, os especialistas estão convocando para uma discussão pública sobre a ciberguerra, para colocar tudo às claras. "Nos próximos 20 a 30 anos, os ciberataques se tornarão cada vez mais um componente de guerra”, afirma William Crowell, ex-diretor adjunto da Agência de Segurança Nacional dos EUA, no Relatório sobre Criminologia Virtual. "O que eu não consigo prever é se a Rede também estará tão desprotegida que as operações da ciberguerra irão vencer", conclui.

Fonte: Cotidiano Digital

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