Unesp participa do desenvolvimento de aparelho de cirurgia a laser contra varizes

Publicado por: redação
03/10/2011 10:42 PM
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A Faculdade de Medicina da Unesp, câmpus de Botucatu, e a USP, em iniciativa conjunta, desenvolveram um aparelho, com tecnologia nacional, para o tratamento a laser de varizes, com custo mais baixo e procedimento menos invasivo. A intenção dos pesquisadores é que o procedimento seja incorporado ao serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).

O equipamento foi utilizado em 15 pacientes do Hospital das Clínicas (HC), da Unesp de Botucatu, com autorização do Comitê de Ética em Pesquisa da FMB - e a meta é que o mesmo número de pessoas passe pela cirurgia até o final deste ano. Com isso, os resultados serão comparados com um grupo submetido ao método tradicional, para verificar a eficácia da nova técnica.

Com o aparelho também será possível tratar hemangiomas - pequenos tumores benignos formados por tufos de vasos sanguíneos - e alguns tipos de alterações dermatológicas.  Seu funcionamento se dá por meio de energia emitida pelo laser, que tem alta interação com água e hemoglobina, o que provoca a fotocoagulação e endurecimento das veias e vasos sanguíneos. Quando aplicado em veias varicosas promove seu desaparecimento.

Segundo os pesquisadores, a opção por esse tratamento proporciona maior conforto ao paciente, já que a cirurgia a laser  tende a ser menos invasiva do que a tradicional e com menos complicações - comuns na extração de veias usada no método convencional, chamada de flebo-extração. Eles contam que, "com uso do laser, há  redução de hematomas,  alterações nervosas, sensitivas, e menos  inchaço. O procedimento com laser também costuma ser mais rápido, com igual eficiência da cirurgia convencional”.

Para a concepção do protótipo do aparelho, a equipe do Centro de Pesquisa em Ótica e Fotônica/USP (Cepof) buscou as especificações em modelos já existentes no mercado que melhor se adequavam às necessidades de uma cirurgia vascular. O exemplar brasileiro tem estimativa de custar entre R$ 20 e R$ 24 mil, sendo que os atuais modelos importados da Europa, Canadá e Argentina chegam a custar mais de R$ 100 mil.

Pelo convênio firmado entre as duas universidades, o protótipo ficará pelo período de 12 meses no HC de Botucatu  para testes de desempenho, eficácia, segurança e receberá verificação técnica a cada três meses pelo Cepof.

O desenvolvimento do aparelho foi viabilizado pelos professores  Winston Bonetti Yoshida, da FMB/Unesp e Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos/USP.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp
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