A era da informação: da carta ao calendário Maia

Publicado por: redação
03/12/2012 12:27 AM
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Por Dane Avanzi

Vivemos a era da informação, e, portanto, se comunicar tem se tornado uma de nossas necessidades básicas. Comunicação é o intercâmbio de pensamentos entre duas pessoas. Quando falamos com alguém somos transmissores de uma mensagem e nosso interlocutor é o receptor. Falada ou escrita, a comunicação nos dá o poder de criar um pouco do nosso "mundo" no “mundo” das outras pessoas, compartilhando experiências e aprendizado.

É por isso que nunca se evoluiu tanto em tão pouco tempo e cada vez mais rápido. As pessoas conversam mais e compartilham mais conteúdo gerando um maior conhecimento em escala exponencial. A facilidade em se comunicar se deve graças aos computadores, telefones e uma parafernália de softwares que nos colocam em contato instantâneo com o mundo.

Mas você já parou pra pensar como era demorada uma carta enviada de um continente a outro no ano de 1530, por exemplo? Eram necessários meses, dependendo da distância entre os países. Foi assim por muito tempo e isso só começou a mudar quando o homem descobriu a eletricidade e aprendeu como domá-la e manipulá-la. Para entender melhor a sequência dos fatos, farei um breve retrospecto das descobertas da comunicação.

Em 1632 o Alemão Otto Von Guericke, conseguiu fabricar o primeiro gerador de eletricidade estática. Os estudos foram avançando e em 1748, Benjamin Franklin descobriu e provou que o raio era uma forma pura de eletricidade. Até aí tudo bem, pois já se sabia que o processo existia, mas e daí? Em 1792, Alessandro Volta conseguiu um feito genial. Conservar e guardar a energia elétrica. Estava inventada a bateria. Sim, essa que você tem no bolso e quando acaba você fica sem celular.

No ano de 1820, Hans Christian Oersted descobre que a eletricidade cria um campo magnético e em 1837, Michael Faraday desvenda que movendo um magneto (pedaço de ferro imantado) o fluxo de eletricidade criava uma onda. Mas que onda era essa? A eletromagnética! Depois, em 1837, Samuel Morse criou o código que foi batizado com seu nome e inventou o telégrafo. Os primeiros eram com fio e a medida que os cientistas foram conhecendo mais sobre como transmitir as ondas passaram a ser sem fio. Wireless, como se diz hoje. Foi assim que tudo começou.

Quando entramos em 1876, Gran Bell registrava a patente do telefone. Vejam bem, estamos falando da mesma onda eletromagnética que leva a música das rádios FM a seu carro ou Iphone, a programação de TV por satélite ou aberta à sua casa, a mesma do telefone sem fio ou do telefone celular e da internet, que hoje também é um computador capaz de disponibilizar uma gama cada vez maior de aplicativos.

É por essas e outras que somos a sociedade da informação. Afora isso, existem ondas eletromagnéticas salpicadas em nosso cotidiano, da hora que nos levantamos até a hora de dormir. Embora as pessoas comumente não percebam, interagem com o campo eletromagnético da terra o tempo todo, não somente quando ligam aparelhos elétricos, mas também quando esquentam leite no microondas, quando utilizam  controle remotos na TV, Home Theather, portão eletrônico, nos equipamentos de diagnósticos de saúde tais como ressonância magnética e por aí vai. Não irei me assustar se num futuro próximo homem e tecnologia, num processo de simbiose, não se fundirem em uma coisa só!

Então a ciência já sabe tudo sobre eletromagnetismo? Não. O eletromagnetismo ainda é um fenômeno a ser estudado juntamente com outros ramos da ciência como geologia, astronomia, físico, química entre outros. Cabe relatar um incidente ocorrido no Canadá em 1989, no qual durante momentos, uma tempestade solar anulou o campo magnético causando um apagão em Quebec e Montreal. Uma tempestade solar é capaz de paralisar a rede elétrica, causar interferências nos sinais de rádio, afetar os sistemas de navegação aéreos, as linhas telefônicas, etc.

Em 1859, uma forte tempestade solar afetou as linhas telegráficas dos Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, e onde existissem e todas ficaram inutilizadas. O evento também foi causa de muitos incêndios. Além disso, a aurora boreal, fenômeno que só é visto nas regiões árticas, pôde ser visto em cidades como Roma e Havaí. Esse fenômeno, que ocorreu há 150 anos, afetou tudo que havia de elétrico, ou seja, os telégrafos. Hoje temos toda a sociedade baseada em satélites e comunicações wireless. Um evento desses nos levará à pré-história.

A questão não é “se”, é quando. O fenômeno é conhecido desde a época de Galileu e por isso a NASA tem lançado sondas para estudar as explosões e ventos solares. Em 2012, ressurgiu com força total nas fofocas esotéricas sobre o possível fim do mundo por conta do calendário Maia que se dá exatamente neste ano. Coincidência? Talvez, mas como o seguro morreu de velho é bom manter os backup’s em dia e não estar debaixo de um chuveiro elétrico na hora que faltar luz!

Dane Avanzi é advogado especializado em telecomunicações e gerente de marketing do Grupo Avanzi, consultoria especializada em radiocomunicação.

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