Agentes Federais vão distribuir pizzas em protesto contra os contadores de histórias do governo federalSindicatos vão realizar a vistoria sindical dos aeroportos e avaliar as condições de trabalho dos policiais federais
No dia 20 de março é comemorado o dia universal dos contadores de histórias. Sem dúvidas, é festejado algo nostálgico, encantador, pois as novas tecnologias não podem tirar a magia dos contos, das lendas e das fábulas, que sempre encantaram as crianças.
Mas o que fazer quando os governantes também se transformam em péssimos contadores de histórias?
Nesta semana, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal vão às ruas protestar contra os contos, lendas e fábulas que são contadas aos cidadãos, como forma de esconder a péssima gestão dos recursos públicos e a corrupção.
Amanhã, quinta-feira, 20, em aeroportos de todo o país, agentes federais vão distribuir pizzas para os cidadãos. E, com a ajuda de palhaços contadores de histórias, panfletos vão conscientizar a população sobre o descaso de governantes, que “brincam” com a segurança da população.
Enquanto são gastos bilhões em estádios e propagandas estatais, auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) têm alertado para as fragilidades dos aeroportos brasileiros nos últimos dez anos, todas causadas pela péssima gestão do Governo Federal (
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Sindicatos vão avaliar a segurança dos aeroportos.Durante a greve desta quinta-feira, 20, dirigentes sindicais em todo o país vão inspecionar as condições de trabalho dos policiais federais nos aeroportos brasileiros.
Serão checados vários itens relacionados à estrutura de segurança, recursos humanos e equipamentos, assim como o cumprimento dos protocolos de segurança no embarque e desembarque de pessoas e mercadorias.
Os resultados da inspeção sindical vão compor um relatório que será divulgado para a imprensa local na próxima semana, em coletivas de imprensa que serão agendadas pelos sindicatos locais.
Segundo dados oficiais, 10 agentes federais abandonam a profissão a cada mês, fugindo de uma carreira sucateada pelo Governo Dilma. E como consequência, funções de fiscalização e policiamento têm sido terceirizadas ilegalmente, para pessoas sem capacitação profissional adequada.
Os agentes federais denunciam um boicote do Governo Federal depois das investigações do Mensalão, pois essa época deu início a um congelamento salarial que completa cinco anos, sem o reconhecimento legal das atribuições de nível superior exercidas desde 1996.
Segundo José Carlos Nedel, diretor de estratégia sindical, “
hoje vivemos um risco maior de terrorismo e crimes transnacionais no Brasil, devido ao descaso do Governo com a Polícia Federal, órgão que possui a missão constitucional de policiamento dos aeroportos e fronteiras”.“Em pleno século XXI, o país possui aeroportos brasileiros sem nenhum policial federal, onde não são cumpridos os protocolos de policiamento aeroportuário. E aeronaves saem desses aeroportos e pousam nos aeroportos internacionais. Um absurdo!”, completa Jones Borges Leal, presidente da federação.
A Federação Nacional dos Policiais Federais acatou, mas considerou injusta a decisão do ministro Gilmar Mendes, que autorizou o corte o ponto dos policiais grevistas. Segundo a entidade, é um absurdo equiparar servidores públicos civis a militares, se a greve da PF sempre promoveu atos cívicos com cidadãos desarmados, em cumprimento à lei da greve.
Na opinião de Adair Ferreira, diretor jurídico da federação, "em toda a história das greves no serviço público, sempre ocorreu o corte de ponto, que é utilizado como ameaça e retaliação do governo. Mas a greve atual é legal e excepcional, e os policiais sabem que o movimento é justo e depende da participação de cada um. Afinal, são servidores que sofrem um congelamento salarial de cinco anos, e quem desobedece a Constituição Federal é o próprio governo".