Eliana Calmon lamenta demora no afastamento da quadrilha que tentou dar golpe de R$ 2 bi no BB

Publicado por: redação
21/05/2014 09:54 AM
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Paulo Afonso (20/05/2014) – A pré-candidata ao Senado Federal pelo PSB, Eliana Calmon, ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), elogiou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela decisão de abrir processo disciplinar para apurar a conduta das desembargadoras Vera Araújo de Souza e Marneide Trindade Pereira Merabet, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). O CNJ vai apurar indícios de que as magistradas favoreceram uma quadrilha que aplicou um golpe no Banco do Brasil, no valor de R$ 2,3 bilhões.

O golpe não foi perpetrado graças a intervenção de Eliana Calmon, que na ocasião era corregedora nacional de Justiça. Em 2011, a juíza Vera Araújo autorizou o bloqueio de R$ 2,3 bilhões de uma conta do BB em favor de uma pessoa física, por entender que o titular da conta-corrente tinha direito ao valor depositado. Os advogados do banco recorreram da decisão e informaram que se tratava de golpe. O recurso foi analisado pela magistrada Marneide Trindade, que rejeitou o pedido de desbloqueio. Segundo ela, o banco não comprovou a origem do dinheiro. Foi então, que imediatamente, Eliana Calmon determinou o desbloqueio da decisão em favor do BB.

“Comecei o processo de investigação por causa de uma liminar que eu dei impedindo que elas, uma na primeira e outra na segunda instância, fizessem uma grande manobra tirando do Banco do Brasil mais de R$ 2 bilhões”, explicou a ministra Eliana Calmon durante entrevista coletiva concedida em Paulo Afonso ao lados dos pré-candidatos à Presidência, Eduardo Campos, e ao governo da Bahia, Lídice da Mata. . “Acabei sofrendo uma representação contra mim sob alegação de que eu não podia mexer em decisão judicial “, acrescentou. De acordo com a ministra, posteriormente outros envolvidos foram presos e constatou-se que os celulares das duas magistradas estavam no celular dos acusados e que, de fato, havia uma quadrilha. Ontem, só ontem, elas foram afastadas e eu já estou fora do CNJ há dois anos. Essa é uma grande frustração”, acrescentou.

 

 

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