Roubo de trabalho (de mais-valia) é o nosso maior drama...

Publicado por: redação
08/10/2010 08:08 AM
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Roubo de trabalho (de mais-valia) é o nosso maior drama, a origem das tragédias, a raiz da comédia humana

Entender plenamente a mais-valia é fundamental para quem deseja enfrentar dignamente os próximos anos com Dilma ou Serra

Saiba também por que abordagem do empresário João Luiz Mauad, tentando derrubar essa verdade descoberta por Marx, é frágil e não se sustenta

A Márcio B. Estanqueiro, companheiro do Café Brasil, o Fórum de Luciano Pires. Márcio acha o texto de João Luiz Mauad sobre a mais-valia "irretocável".

Por Tom Capri

Corre pela Internet texto do empresário brasileiro João Luiz Mauad (A teoria do valor e o mito da mais-valia), em que ele busca derrubar a descoberta científica feita por Marx do fenômeno da mais-valia. É um texto equivocado e ingênuo que não se sustenta cientificamente. A mais-valia é a descoberta científica mais importante da humanidade. Consiste no roubo sistemático de força de trabalho que em essência acontece em todas as sociedades de classes (escravagista, feudal, capitalista etc.), mas que ocorre em especial e com muito maior ênfase no capitalismo, escudado pela democracia. Em suma, é o roubo a que todo trabalhador é submetido diariamente por aquele que o comanda (nos dias de hoje, o empregador). Roubo protegido, defendido e legalizado pela democracia, por meio de suas instituições, como o Estado, a política, a polícia, o direito, a família, a religião etc. Algo que aí está, institucionalizado como natural e inerente à condição humana. Enfim, roubo que está --- pelas mãos da democracia, que nada mais é, hoje, que a ditadura do capital --- degradando e destruindo a humanidade, por ser a causa de todos os nossos males, de todas as desgraças e tragédias de que somos vítimas. Comprove a seguir.

A mais valia não é, portanto, “tese espúria de Marx” nem “baboseira teórica”, como a ela se refere João Luiz Mauad em seu texto, mas sim de descoberta científica. Além de não ser tese, a mais-valia também não é ponto de vista, opinião, pensamento, modo de ver de Marx. É achado dele. A mais-valia é dado concreto de realidade, algo existente, que aí está. Negá-la é como negar o pôr-do-sol.

Na verdade, o maior problema da humanidade não está na mais-valia em si, ou seja, no roubo em si de força de trabalho, do qual nenhum dos lados (nos dias atuais, patrão e empregado) tem consciência.

O problema maior --- o que realmente mais nos atinge e nos aflige --- são as conseqüências desse roubo de força de trabalho, uma vez que ele é a causa de todos os nossos males e desgraças, a fonte de origem das tragédias que nos abalam, principalmente de 200 anos para cá.

Aí está a importância da descoberta da mais-valia. Raríssimos são os que a entenderam e a enxergam assim. A maioria esmagadora da humanidade (patrões e empregados, nos dias de hoje) não tem a menor consciência do que ela seja, nem mesmo sabem que a mais-valia existe.

Se você ainda não entendeu plenamente o que é a mais-valia, vai ter dificuldades para enfrentar dignamente os próximos anos com Dilma ou Serra, dada a sua importância e o seu alcance.

Aqui está a oportunidade de entendê-la, não só neste texto, mas em todos os que vêm a seguir.

Agora, a discussão no País é em torno de quem é mesmo contra o aborto, se Dilma ou Serra. Deveria ser sobre essa tentativa de abortar a mais-valia, que inconscientes e inconsistentes vêm tentando fazer infrutiferamente há mais de século, como se fosse possível abortar uma verdade já comprovada cientificamente.

João Luiz Mauad nem chegou perto de entender a mais-valia, razão pela qual esse seu texto não é o melhor ponto de partida para defender e avalizar a descoberta científica feita por Marx.

Há textos mais fecundos, que igualmente não conseguem derrubar a importante descoberta de Marx, mas que ao menos são sérios e profundos, porque eivados de argumentos sólidos e consistentes.

Só passo a defender aqui a descoberta científica de Marx pela via frágil de Mauad porque Márcio B. Estanqueiro, membro do Café Brasil Fórum, de Luciano Pires e do qual também participo, me pediu encarecidamente para fazê-lo. Estanqueiro considera “irretocável” o texto de Mauad (esse que acabo de mencionar e que tenta “derrubar” a mais-valia). Ao contrário, o texto é raso e frágil.

Quando argumentei tratar-se de texto equivocado, Estanqueiro disse que eu o estava ofendendo e ofendendo Mauad. O texto de Mauad é que é ofensivo à razão. É raso e frágil porque parte de pressupostos falsos e equivocados, levando Mauad a conclusões igualmente rasas e frágeis.

Além disso, o texto é também ingênuo porque fica bem claro, tamanha a sua fragilidade, que Mauad se fiou no que “dizem por aí de Marx” para derrubar Marx. Ora, só dá para derrubar um autor se você lê, estuda e entende esse mesmo autor. Ou seja, você só derruba um autor a partir do que ele realmente disse e não do que você ouviu dizerem a respeito dele.

Ou Mauad não leu Marx e restringiu-se ao que dizem dele, ou, se leu, não entendeu Marx, na melhor das hipóteses entendeu errado. Apesar disso, Mauad arvorou-se em derrubar uma descoberta cientifica de alguém sem tê-la entendido, o que é, no mínimo, leviano e acaba desembocando necessariamente em falsa ciência (pseudociência).

Ao considerar o texto de Mauad “irretocável”, Márcio B. Estanqueiro cai no mesmo erro. É no mínimo equivocado considerar “irretocável” um texto que “derruba” uma verdade descoberta por alguém, se o autor desse texto baseou-se no que disseram a ele a respeito desse alguém e não no que realmente esse alguém disse ou escreveu.

É mais do que visível que nem Mauad nem Estanqueiro conhecem verdadeiramente a descoberta científica de Marx, da mais-valia. Desconhecem, sempre é bom repetir, porque ou não leram Marx ou, se leram, não o entenderam suficientemente.

Ninguém é obrigado a ler Marx. Mas, para derrubar uma verdade científica descoberta por quem quer que seja (mesmo por Marx), você é obrigado a, sim, no mínimo conhecer bem o que pretende derrubar, sob pena de se fazer passar por pesquisador leviano e falso, na melhor das hipóteses, cientista equivocado, como parece ser o caso de Mauad.

Vamos agora à desconstrução do texto de José Luiz Mauad, em que ele tenta, mas não consegue, “derrubar” a descoberta científica da mais-valia, feita por Marx.

Se você deseja realmente desvendar o que é a mais-valia, clique no link abaixo para entender plenamente o alcance dela e toda a sua importância.

Fonte: TOM CAPRI
http://www.virobscurus.com.br/secao.asp?id=1&c_id=176.

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