A função guarda-chuva do marketing na advocacia moderna

Publicado por: redação
05/10/2011 01:58 AM
Exibições: 67

Por Luiz Alves*

O guarda-chuva é um objeto de estrutura muito interessante. Ele é formado por barras ligadas radialmente a um cabo central, e por uma membrana ligada às barras. Ao se abrir o guarda-chuva, a membrana fica tracionada, fletindo as barras radiais. Essa é a razão pela qual as barras se encurvam, e a membrana tracionada fica estendida. Ele exerce a função de proteção. Mas que relação há entre esse objeto tão comum ao mundo do Marketing Jurídico?
O guarda-chuva apresenta um comportamento funcional e estrutural semelhante ao do Marketing na advocacia moderna: colocar o escritório bem posicionado com os diversos públicos estratégicos, entre eles clientes, colaboradores, representantes do Judiciário, instituições governamentais, imprensa, dentre outros, cuidando sempre, da sua reputação.
Fazendo uma analogia sistêmica, o cabo central do guarda-chuva representa o escritório, e as barras fixas, os diversos canais de comunicação. Esses veículos devem ser estabelecidos e adequados aos seus stakehoders para que a comunicação não se distorça e cumpra o seu papel essencial: o de criar relacionamentos sustentáveis.
É criando essas redes de relacionamento em bases fundamentadas que o escritório ganha musculatura, visibilidade e conquista novos mercados. Planejamento, mapeamento dos públicos prioritários, estabelecimentos de metas e ações estratégicas são pontos cruciais que devem ser levados em consideração na hora de abrir esse guarda-chuva empresarial.

Pesquisa realizada pela LexNexis – 2010, aponta que as medidas que envolvem a comunicação entre escritórios e empresas se mostram de grande importância: comunicação regular sobre os assuntos em andamento (96%); clareza e previsibilidade nas cobranças (96%); e informativos e alertas orientados ao setor de mercado do cliente (62%). Essas são algumas das ações efetivas que as bancas devem canalizar energia para manter o guarda-chuva organizacional em pleno funcionamento, sem é claro, esquecer de traçar estratégias de relacionamento para seus demais públicos.

Muitos escritórios de advocacia precisam ousar mais. Os tempos são outros. A banca que mantém apenas a sua equipe de operadores jurídicos e não se preocupa em implantar uma área de gestão com profissionais capacitados, em marketing, finanças, administração e tantas outras, corre o risco de ser engolida pela concorrêcia. A função guarda-chuva surge, nesse cenário, como uma plataforma inteligente de reposicionamento de mercado. O escritório que antes tinha uma coluna rígida e vertical passa a ter a sua espinha dorçal funcionado nesse novo modelo, onde a organização e suas relações se sustentam.

Como está o guarda-chuva de seu escritório? Aberto ou fechado? Se ele está no estado da primeira opção, um grande passo já foi dado, mas se é a segunda a que prevalece diferente do guarda-chuva objeto, onde seu uso se dá em períodos de chuva, o momento de abrir é agora. Ouse!

*Luiz Alves é Relações Públicas, pós-graduado em Marketing e Branding pela UNIFACS, é colunista do portal jornalístico Classe Política. Trabalha no MBAF Consultores e Advogados S/S nas áreas de Marketing, Gestão e Desenvolvimento. Possui artigos publicados no Observatório da Imprensa, Migalhas e RP em Revista. Contato: luizalves.rp@gmail.com

Vídeos da notícia

Imagens da notícia

Categorias:
Tags: