Governo quer aumentar número de engenheiros formados no país

Publicado por: redação
09/01/2012 09:00 AM
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Secretário de Ensino Superior do MEC apresentou, em São Paulo, estudos sobre a demanda desses profissionais para os próximos 20 anos

O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp promoveu no último dia 20 de dezembro (2011), em São Paulo, o seminário “Expansão do ensino superior e desenvolvimento do país: projeção da demanda de engenheiros e técnicos nas diversas regiões do Brasil”.

O evento, que reuniu 80 gestores e mantenedores de instituições de ensino superior do estado de São Paulo, contou com a presença de Luiz Cláudio Costa, secretário da Secretaria da Educação Superior – SESU/MEC. Durante o encontro, o secretário defendeu a necessidade de conter o déficit de engenheiros formados, buscando uma expansão estratégica para sustentar o crescimento do país.

Luiz Claudio apresentou dados de um estudo inédito desenvolvido pelo MEC - em parceria com Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), CDEPLAR e o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio - sobre a demanda dos cursos de engenharias nos próximos 20 anos. “Temos 247 mil vagas para os cursos de engenharias, mas apenas 40 mil concluintes por ano. Precisamos avançar para garantir um número maior de formandos se realmente quisermos ter um salto tecnológico e nos tornarmos a quinta potencia econômica mundial” avaliou.

O secretário também apresentou projeções. “Entre os cinco cursos mais procurados no Brasil (Administração, Direito, Ciência Contábeis, Enfermagem e Pedagogia), as engenharias não estão entre as mais desejadas. Por isso, resolvemos discutir a concentração de cursos, já que 50% dos nossos jovens se formam nas mesmas graduações. Hoje temos 2,8 engenheiros para cada mil habitantes. Até 2030, precisaremos de oito engenheiros para cada grupo de mil brasileiros”.

Ainda de acordo com Luiz Claudio, a taxa bruta de escolarização superior brasileira (32%), fica à frente da China (25%) e da Índia (11%), mas longe da Rússia (75%) e dos Estados Unidos (86%). “A nossa meta é chegar a 50% e, para isto, teremos de trabalhar bastante. Não há duvidas que avançamos. E se hoje temos 6,4 milhões de alunos cursando o ensino superior, o setor privado contribuiu e muito”.

Além do secretário da Sesu, o evento contou com Maria Luisa Campos Machado Leal, representante da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI; e Humberto Ribeiro, secretário de Comercio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio.

Maria Luisa fez um balanço da oferta de vagas no futuro. “Não há dúvidas que queremos uma indústria com maior inovação em nossa economia. Para isso, precisaremos melhorar o nosso cenário de engenheiros formados”. Já Humberto Ribeiro encerrou o encontro destacando os desafios da plataforma industrial brasileira e da nova política industrial lançada em agosto de 2011, o Plano Brasil Maior. “Considero o curso de engenharia como o pilar essencial para nosso desenvolvimento tecnológico, tanto no âmbito do mercado interno quanto para concorrermos no mercado externo”.

O encontro realizado nesta terça-feira foi uma parceria do Semesp com a Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes), a Associação Brasileira das Mantenedores de Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi), a Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega 383 mantenedoras e 538 mantidas, em 146 cidades do Estado de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, os Congressos Nacional e Internacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo.

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