32 anos de prisão para acusado de estuprar e matar menina de cinco anos

Publicado por: redação
25/09/2009 04:40 AM
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Condenação era esperada
TJRJ - O Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri da Capital condenou nesta quinta-feira, dia 24, a 32 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, Vanderlei Moraes Alves, acusado de abusar sexualmente e matar por afogamento a menina Vitória de Souza Santos, de 5 anos. O crime aconteceu em março deste ano em Curicica, Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade. Segundo o juiz Sidney Rosa da Silva, que presidiu a sessão de julgamento, que durou cinco horas e meia, a personalidade do réu é perversa e perigosa.

“Sobressai dos autos a personalidade perversa do réu, e conseqüentemente extremamente perigosa, sendo indivíduo de alta periculosidade, que age de forma racional sem se preocupar com a vida humana, e ainda, confessa gostar de ver um ser humano tão frágil, como foi a vítima, em uma situação agonizante”, afirmou o juiz durante a leitura da sentença.

Ele disse também que o crime trouxe conseqüências perversas para a família da vítima, que jamais esquecerá o sofrimento da criança, e também para os filhos de Vanderlei Moraes. O juiz negou ao réu o direito de recorrer da sentença em liberdade. O corpo de jurados, formado por duas mulheres e cinco homens, o condenou por maioria de votos.

Vanderlei negou as acusações, porém, exame pericial mostrou que apenas ele, seus ascendentes e descendentes por linha paterna poderiam ter cometido o crime. Como o pai do réu tem 79 anos e é quase cego e seu filho de 13 anos estava com a irmã na hora do crime, apenas Vanderlei poderia ser o culpado.

Apesar de a polícia ter ouvido várias testemunhas moradoras da comunidade, a única que esteve em plenário foi Ivaldo de Meireles Trajano, vizinho de Vanderlei, que afirmou que o réu o procurou em sua casa dias após o crime, com cortes nos pulsos e no pescoço, dizendo que tinha tentado se suicidar por ter matado a menina. Ele pediu então ao vizinho que o matasse, “porque sua morte seria um lucro”. A mãe de Vanderlei também disse à polícia que o filho havia tentado se matar, mas ele negou tudo em plenário e disse que os cortes foram feitos por um ladrão que tentou assaltá-lo.

De acordo com Ivaldo, Vanderlei relatou detalhes do estupro e do assassinato e disse que gostou de ver a vítima agonizando após tê-la estuprado e batido em sua boca e em sua cabeça com uma pedra. A perícia confirmou os ferimentos narrados, exatamente como o vizinho disse que Vanderlei havia confessado. Foi Ivaldo quem o denunciou e levou a polícia até sua casa para prendê-lo.

O Ministério Público estadual leu para os jurados o depoimento de uma amiguinha de Vitória, de 7 anos, que estava com ela do lado de fora de uma festa no dia em que a menina desapareceu. De acordo com o depoimento, as duas estavam brincando quando Vanderlei chegou e deu balas às duas. Ele então perguntou a Vitória se ela queria ficar com ele e ela disse que sim. Ele então mandou a amiguinha ir embora e desde então ninguém mais viu Vitória. O seu corpo foi encontrado no dia seguinte ao do seu desaparecimento, em um valão que fica em matagal localizado a apenas três minutos dos fundos da casa de Vanderlei.

Processo nº 2009.001.058549-3

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