Educação a distância – a experiência que pode dar certo

Publicado por: redação
10/07/2009 11:57 PM
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O modelo pedagógico foi apenas adaptado do
formato analógico que é o livro, para o modelo digital, a internet.

Salvador – É grande o numero de novos estudantes que convergem para o ensino a distancia. Nos cursos presenciais, o aluno despende despesas com ônibus ou carro e estacionamento, além do necessário lanche, normalmente mais caro e menos nutritivo que a alimentação em sua casa, sem contarmos os riscos da insegurança nos grandes centros.

Ademais dessa economia, normalmente a mensalidade dos cursos EAD é muito mais barata, e esse atrativo é um fato que contribui para que a nova modalidade seja responsável pela mais vantajosa relação custo-benefício educacional de todos os tempos.

O conteúdo dos cursos a distancia, além da aprendizagem, é de certa forma fragmentado e as avaliações são realizadas no modelo tradicional, baseado na repetição de um conteúdo previamente disponibilizado por um especialista.

Para obter êxito, que supere a simples troca de e-mails entre alunos e professores, esse modelo de ensino-aprendizagem exige investimento em equipamentos e recursos tecnológicos. Algumas experiências têm obtido resultados satisfatórios, como o caso da Unopar, UnisulVirtual, FGV Online instituições consideradas, atualmente, referência de nível internacional na área de educação a distância em nível de graduação e pós-graduação.

Estrutura, a chave do sucesso

Uma das críticas feitas à educação a distância no exterior refere-se ao índice de alunos que não concluem os cursos. Dados obtidos de universidades que trabalham com educação aberta, como a Open University, na Inglaterra, mostram que a taxa de finalização dos cursos é muito pequena, com um índice de desistência muito alto. Já no Brasil a experiência se dá ao acontrário, nos cursos de graduação e pós-graduação da Unisul e FGV Online por exemplo indicam que a taxa de finalização é superior a 90%, um número extremamente alto, mesmo comparado com estudos tradicionais presenciais. Atribue-se que o alto índice de finalização de seus cursos está fortemente ligado ao modelo pedagógico que acompanha a estrutura dos cursos.

O aluno tem a presença do professor, o contato pela videoconferência interativa com áudio, vídeo e dados em tempo real, no mínimo 8 horas por semana nos cursos de pós-graduação stricto sensu. Os alunos vão à internet, participam de atividades e são acompanhados continuamente.

Diferenças bem definidas

Podemos dizer que o aluno do ensino tradicional vai à faculdade, tem 4 horas de aula por semana com o professor e depois só volta a vê-lo na próxima semana. “No modelo EAD isso se da de forma muito mais eficiente exige que o professor ministre (postar) as aulas, responda a todos os e-mails enviados pelos alunos com as questões e tenha um contato interativo constante”, compara a professora Isabel.

O futuro da educação a distância no Brasil ainda não pode ser definido claramente, no entanto, as universidades e centros de pesquisa desempenham papel fundamental na consolidação e desenvolvimento desse modelo. “As universidades brasileiras têm uma responsabilidade bastante grande na criação e disseminação do conhecimento no Brasil, porém só universidades de vanguarda e com visão de futuro vão procurar desenvolver programas cada vez mais eficientes, afirma a professora Isabel. Nesse processo, órgãos reguladores de educação no Brasil como o MEC, por exemplo, têm um papel importante a desempenhar para incentivar a educação a distância de uma maneira responsável. Para tanto, torna-se relevante conhecer as iniciativas já implementadas, conclui.

Mike Nelson

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