Por Celso Fernandes
A primeira do ano
Final de festas, começo de ano, liquidações em gênero, número e grau chegando a torto e a direita, contas a pagar e quase nunca a receber, na praxe do assunto vale lembrar que o espetáculo continua. Quanto ao ressacol televisivo, por enquanto, melhor pegar leve, evitar qualquer esforço físico ou emocional como manda o meu conselheiro virtual, digo, biorritimo do dia. Pedalar, apenas com a ergométrica desligada a preferir optar pelo frio calórico na barriga junto aos amigos coadjuvantes em ação e em redes sociais. Não navegamos sós! So what! Follow me... Curta(-me). Cutuque(-me) como quiser.
E como entramos no ano do dragão, com o bicho mitológico soprando fumaça até pelos ouvidos, joelhos e cotovelos, entramos no calendário dos BBB´s Seletivo, aqueles do ´´voto dificultativo, da (des)confiança, que vem por aí e que temos de espichar o olho direitinho. Do tipo ´´olho por olho, dente por dentadura``... e lá vamos nós ao que poderia ser resumido no facultativo. Muito pelo que, parado na esquina só mesmo poste de madeira, daqueles antigões anos 70´s, plantados nas esquinas antes do projeto Luz para Todos em épocas de Apagão Geral e de distribuição de verbas contra enchentes, fome zero, Pacmania, essas invenções. Onde, no duplo sentido da devoção, já que é ano do Dragão, ando mais é na fase ´´ying`` e ´´yang``, mas prefiro não trazudir o seu verdadeiro significado porque ainda não aprendi a comer com os dois pauzinhos. Só como com um e já está de bom tamanho. Ou não é por menos que uma boa refeição congelada pode satisfazer qualquer apetite famélico logo nas primeiras horas do dia? Sopão, oras, engolimos mesmo de canudinho para ganhar tempo no relógio.
Visto e claro que algumas das nossas perspectivas – sejam elas boas, más, pegajosas, ou daquelas curtidas em banho-Maria –, recordemos, temos algumas que tardam mais não falham. Algo assim do conjunto derivado ´´antes tarde do que muito tarde``. Prever, adivinhar, lustrar a bola de cristal com o Veja, com o Poliflor, além de adicionar uma boa pitada de Ajax nunca foi pedir demais quando se quer xeretar a vida alheia. Principalmente das nossas celebridades. Pois, se devemos prosperar em 2012 – a Dilma falou! – é bom não cansarmos de repetir que a ´´Torre de Babel`` de ´´Absulândia Brazilian Now`` caminha ditando as regras do nunca antes na história deste país dentre outros trololós de governo mais. Aliás, trabalhar no ´´pesado``, para eles, anote aí, só depois do longo período de férias, dos feriados alongados nas esteiras e dos dias de ´´gancho`` tirados por conta própria. Admita-se lá, isso é ´´Lei``. Da inércia e da procura, certo?
Se por outro lado está aberta a temporada de caça aos nossos mui politicamente corretos para o pleito municipal em ascensão, (Jader) Barbalho neles! Digo, no eleitorado. Afinal, entra ano político e sai ano, idem, político, e tudo vira carnaval! E ´´ô abre alas`` por antecipação que eu também quero passar e mamar com os mais de mil palhaços no salão. Tiriricamente falando – bem como orquestrando à meia-boca essas mal traçadas parábolas por aqui – corrupção nunca sai de linha. Faz escola e garante imunidade futura para todos os bons companheiros de partidos. Ou não é de se dizer em letras garrafais que na terra do futebol apitamos alegorias, mundos e fundos até para quem chuta o balde no lugar da bola! Murcha, né?
No mais do entretanto e do todavia, é a Copa que vem aí e não se fala mais em outra coisa, deu para entender? Muito pelo que, ainda, quero mais é poder recarregar o meu ´´biorritimo`` virtual e se não for pedir demais aos amigos leitores e locutores na berlinda, pretendo mais é sair da condição de Zezinho para virar um ilustrado Zezão tamanho família.
Celso Fernandes, jornalista, escritor. Colunista de Moda, TV e Literatura. Assessoria de imprensa. Blog: http://modarougebatom.blog.terra.com.br