CDL aponta que: 38% dos baianos com nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) devem aos cartões de crédito

Publicado por: redação
04/07/2012 01:22 AM
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Inadimplência é tema do programa “Encontro com Gabrielli”

SALVADOR (04/07) Quem não tem ou conhece alguém que tenha dívidas ou esteja com dificuldade de pagar suas prestações? De acordo com dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador, 600 mil baianos estão inadimplentes. A inadimplência, que é quando o atraso no pagamento ultrapassa os 90 dias, e as causas do endividamento são o tema desta semana do programa “Encontro com Gabrielli”.

Este ano, desde janeiro, o índice de inadimplência na Bahia esteve sempre acima de 7%. Em 2010 e 2011, esse índice variava entre 5% e 6%. O crescente endividamento das famílias pode ser credenciado, principalmente, a dois fatores: a economia aquecida aliada ao aumento da renda; e os juros. Ou seja, ao comprarem mais, os consumidores fazem mais dívidas e correm o risco de não conseguir honrar os compromissos, por diversos motivos. Os juros, por sua vez, apesar de estarem em declínio, ainda são muito altos.

“Podemos perceber o aumento do poder aquisitivo a partir do crescimento do volume de compras em muitos setores. As pessoas estão comprando mais e o comércio varejista demonstra isso com grandes taxas de crescimento, especialmente em móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção”, observa o secretário Estadual do Planejamento, José Sergio Gabrielli.. “Muita gente só pensa no valor das prestações em relação a sua renda, sem perceber que, às vezes, os juros são tão altos que eles estão pagando muito mais pelos produtos”, acrescenta.

Levantamento feito pela CDL aponta que: 38% dos baianos que estão com o nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) devem aos cartões de crédito; 32% têm dívida com cheque; e 17% devem no crediário, em contratos e outras modalidades de crédito. “Nessas modalidades os juros são muito elevados e, em geral, as dívidas foram contraídas para a aquisição de bens de consumo duráveis. Então, a inadimplência está pouco relacionada às compras em supermercado ou de combustíveis, por exemplo”, explica Gabrielli.

Os motivos que levam à não-quitação dos compromissos são: 36% não conseguiu pagar porque perdeu o emprego; 21% perdeu o controle dos gastos e se endividou mais do que podia; e 9% deixou de pagar as dívidas por causa de doença na família.

Para aqueles que ficaram desempregados a alternativa é tentar se reposicionar no mercado de trabalho. E, se for o caso, fazer um cadastro em serviços de intermediação de mão de obra, como o Sinebahia.

“Para tentar zerar as dívidas existem alguns caminhos. O primeiro deles é tentar renegociar diretamente com o seu credor, dividindo o valor em parcelas que caibam no orçamento mensal. Ou, ainda, se tiver condições, pagar à vista e conseguir desconto na negociação”, indica Gabrielli. Outra possibilidade apontada é recorrer a bancos e fazer um empréstimo para pagar a dívida. “Pode parecer estranho, mas pode ser um ótimo negócio se os juros do novo empréstimo for menor do que o que você paga nas suas dívidas originais. Assim, você pode quitar uma dívida com custo alto contraindo uma com juros menores” ensina o economista.

ENCONTRO COM GABRIELLI – O conteúdo do programa de rádio semanal “Encontro com Gabrielli” está disponível para download no site da Secretaria do Planejamento (www.seplan.ba.gov.br), podendo ser veiculado gratuitamente nas rádios ou postado em sites e blogs.

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