Defensoria Pública de SP em São José dos Campos ajuíza ação civil pública contra irregularidades constatadas na Cadeia Feminina de Santa Branca

Publicado por: redação
14/04/2011 12:00 AM
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Defensoria Pública de SP em São José dos Campos ajuíza ação civil pública contra irregularidades constatadas na Cadeia Feminina de Santa Branca

A Defensoria Pública de São Paulo ajuizou no último dia 31/4 uma ação civil pública que pede providências do poder público para sanar irregularidades constatadas na Cadeia Pública Feminina de Santa Branca, no interior de São Paulo.

A ação foi movida em face do Estado pelo Núcleo Especializado em Situação Carcerária da Defensoria e pela Regional São José dos Campos da instituição.

De acordo com o Defensor Público Yanko Oliveira Carvalho Bruno, responsável pela ação, as precárias condições do local colocam em risco a integridade física das detentas, em desacordo com as normas constitucionais e com tratados internacionais sobre direitos humanos firmados pelo Brasil.

Entre as irregularidades constatadas, destacam-se a existência de homens trabalhando na carceragem da Cadeia Pública Feminina, a falta de incidência de raios solares no espaço destinado às presas, a ausência de instalações sanitárias adequadas ou sistema de ventilação, a quantidade insuficiente de alimentação, a inexistência de ambulatório, enfermaria ou áreas destinada ao lazer, atividades laborativas ou de instrução, entre outras.

As irregularidades foram confirmadas por laudos técnicos da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros, que vistoriaram o local, enfatizando as situações de risco para as pessoas detidos no local. “Ao Estado incumbe, incondicionalmente, a preservação da dignidade mínima das presas. A obrigação de o Estado manter condições mínimas de alojamento de condenados é inequívoca e decorre de diversas normal, nacionais e internacionais, que dispõe, com clareza, a esse respeito”, afirmou o Defensor.

Na ação, o Defensor pede que o Estado realize a reforma no local, com a transferência das detentas para local adequado, e que não sejam mais aprisionadas presas nessa cadeia enquanto as obras não forem realizadas. O Defensor pede, também, que o Estado cumpra a Lei de Execuções Penais, mantendo apenas mulheres trabalhando na carceragem daquela cadeia feminina.

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