Situação do atendimentos ao consumidor no Brasil

Publicado por: redação
28/07/2011 09:36 AM
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Cadastro Nacional 2010 mostra situação do
atendimento ao consumidor no Brasil
 

 

O Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2010, publicado pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, revela que aparelhos celulares, equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos da linha branca respondem juntos por 55,74% dos registros. Assuntos financeiros (bancos, financeiras, cartões de crédito, etc.) aparecem em segundo lugar (21,46%), seguidos dos serviços considerados essenciais (tratamento e abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, compensação bancária etc), que somam 14,81% do total de reclamações, como mostra a tabela abaixo.

 
PosiçãoÁreaTotal de Reclamações
Quantidade%
Produtos68.37355,74%
Assuntos Financeiros26.31921,46%
Serviços Essenciais18.16314,81%
Serviços Privados7.6266,22%
Saúde1.6001,30%
Habitação4840,39%
Alimentos970,08%
Total122.662100,00%
 

 

As reclamações são consideradas fundamentadas depois de recebidas e analisadas pelo Procon em um processo administrativo. Desde 2006, o DPDC faz o Cadastro Nacional cumprindo o que determina o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 44. Os dados apresentados agora são do período de setembro de 2009 a agosto de 2010.

 

Na categoria produtos, das 68.373 reclamações, 21.609 se referem a celulares. O que significa dizer que aparelho de telefone celular corresponde, sozinho, a 17,6% de todo o Cadastro Nacional 2010 (conforme tabela abaixo).

 
Posição ProdutosTotal de Reclamações
Quantidade%
Aparelho Celular21.60917,62%
Microcomputador / Produtos de Informática9.8608,04%
Televisão / Filmadora4.4713,64%
Geladeira e Freezer4.4283,61%
Máquina de Lavar Roupa / Louça e Secadora3.3332,72%
Aparelho de Som2.2011,79%
Aparelho DVD2.1811,78%
Móveis Para Quarto1.8441,50%
Fogão e Microondas1.5931,30%
10ºArtigo de Foto Imagem1.5061,23%
 

 

A diretora do DPDC, Juliana Pereira, atribui  a expressiva participação dos problemas relacionados a produtos no Cadastro Nacional 2010  ao aumento do consumo, permitido pela melhoria de renda da população nos últimos anos. “Preocupa-nos o fato de o consumidor ter de procurar os Procons para solucionar problemas elementares como mau funcionamento, ausência de peça de reposição, além do descumprimento da garantia legal”, avalia Juliana. “Isso demonstra que é urgente e necessário que o mercado apresente soluções para o atendimento ao consumidor no pós-venda”, completa.

 

Entre setembro de 2009 e setembro de 2010, foram registrados 812 mil atendimentos nos Procons que participam do Cadastro. Desses, 84,5% foram solucionados sem a necessidade de abertura de processo administrativo. Os 15,5%  restantes compõem o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2010.

 

Em números absolutos, são 122.662 reclamações relacionadas a mais de 15 mil fornecedores de produtos e serviços. Desse total, 84.160 (68,61%) foram atendidas e 38.503 (31,39%) não foram atendidas. O ranking abaixo mostra as dez empresas que menos atenderam a essas reclamações.

 
PosiçãoFornecedor**Fundamentadas Não Atendidas*
PANAMERICANO57,73%
GRADIENTE (IGB ELETRÔNICA)56,46%
BANCO CRUZEIRO DO SUL52,97%
SANTANDER51,30%
BV FINANCEIRA / BANCO VOTORANTIN46,59%
OI45,83%
AMERICANAS.COM / SUBMARINO / SHOPTIME / B2W42,79%
BMG41,70%
TIM/INTELIG41,00%
10ºSTARCELL (Assistência Técnica)38,11%
* Porcentagem em relação ao total de cada Fornecedor
** Fornecedores pertencentes ao mesmo grupo econômico foram agrupados
 

O Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas consolida dados dos Procons de 22 estados e do Distrito Federal integrados ao Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).

 

Clique aqui para acessar o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas 2010.

 

Indicadores Públicos 2011
 

Com base nos números do Cadastro Nacional, empresas dos setores de telefonia, bancos, cartões de crédito e varejo foram chamadas pelo DPDC a apresentar metas de melhoria de atendimento a serem alcançadas ao longo de 2011. Trata-se do Projeto Indicadores Públicos de Defesa do Consumidor, que chega agora à sua segunda edição.

 

Cada fornecedor se comprometeu a melhorar três indicadores. São eles: redução na quantidade de demandas, ou seja, redução do total de consumidores que necessitam dos Procons para resolver problemas com as empresas; aumento das soluções através das notificações prévias conhecidas como Cartas de Informações Preliminares (CIPs); e aumento de acordos em processos administrativos de reclamações, normalmente resolvidas em audiências.

 

Na avaliação de Juliana Pereira, essa é uma grande oportunidade para o mercado se comprometer com a melhoria da qualidade do atendimento ao consumidor. “Numa sociedade de consumo, onde a produção é em série e a comercialização, em massa, as empresas se diferenciam quando apresentam soluções rápidas e eficientes aos problemas de seus consumidores”, diz.

 

Clique aqui para ter acesso às metas do Projeto Indicadores Públicos 2011.

 

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